sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

1º Dia da Novena de Natal: A ANUNCIAÇÃO

Anunciação
Hoje começamos nossa novena de Natal. Reze conosco todos os dias! E deixe a luz do Céu iluminar sua vida!
- Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Amém!
Oração Inicial
Espírito Santo, que orienta e conduz nossa vida, ajudai-me a rezar esta novena com muito amor e que eu alcance as graças que busco para minha vida! Ajudai-me a amar cada vez mais Jesus Cristo, o Filho Único de Deus, nascido de Maria, na cidade de Belém! Dai-me ser caridoso e compassivo para com todos, especialmente para com nossos irmãos e irmãs mais necessitados! Amém!
Evangelho: O anjo Gabriel, enviado por Deus, aparece a Maria e anuncia que ela foi escolhida para ser a mãe de Jesus.
Lc 1,26-35
Reflexão do dia:
Para pensar: Tenho sido capaz de ouvir o que Deus me fala por meios das pessoas, dos acontecimentos e de tantos outros sinais do meu cotidiano?
Pai-Nosso...
Ave-Maria...
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, Amém!
(reze amanhã o segundo dia de nossa Novena de Natal)
FONTE: a12.com

terça-feira, 12 de julho de 2016

São João Gualberto 12/07     

João Gualberto nasceu no ano de 995 em Florença. Foi educado num dos castelos dos pais, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai fez dos filhos perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.

Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto vivia a procura do homicida. Na sexta-feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.

Tocado pelo clamor do assassino, jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante foi à igreja de São Miniato onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.

João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Por causa de divergências internas, João Gualberto resolveu fundar o próprio mosteiro, segundo as regras de São Bento.

Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às regras da ordem, João Gualberto implantou um centro tão avançado e respeitado de estudos, que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos.

Morreu no dia 12 de julho de 1073, na Úmbria. São João Gualberto é o Santo Padroeiro da Guarda e Engenharia Florestal.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


Reflexão

"Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado". Estas palavras de João Gualberto revelam seu espírito abnegado e dedicado aos mais fracos. Que Deus nos conceda a docilidade deste monge e nos inspire sempre boas ações, sobretudo a virtude do perdão.
    

Oração

Amado São João Gualberto, que soubestes perdoar ao assassino de vosso irmão, intercedei por nossa Igreja. Que a cada minuto de nossas vidas sejamos ajudados pela misericórdia divina e por vós, para que aprendamos também nós a graça do perdão. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
 
Fonte: A12.com

Liturgia Diária - Terça-Feira | 15ª Semana Comum | Cor Verde | ANO C

Primeira Leitura
(Is 7,1-9)      

Leitura do Livro do Profeta Isaías.
1No tempo de Acaz, filho de Joatão, filho de Ozias, rei de Judá, aconteceu que Rason, rei da Síria, e Faceia, filho de Romelias, rei de Israel, puseram-se em marcha para atacar Jerusalém, mas não conseguiram conquistá-la. 2Foi dada a notícia à casa de Davi: “Os homens da Síria estão acampados em Efraim”. Tremeu o coração do rei e de todo o povo, como as árvores da floresta diante do vento.
3Então disse o Senhor a Isaías: “Vai ao encontro de Acaz com teu filho Sear-Iasub (isto é, ‘um resto voltará’) até a ponta do canal, na piscina superior, na direção da estrada do Campo dos pisadores; 4e dirás ao rei: Procura estar calmo; não temas nem estremeça o teu coração por causa desses dois pedaços de tição fumegantes, diante da ira furiosa de Rason e da Síria, e do filho de Romelias, 5por terem a Síria, Efraim e o filho de Romelias conjurado contra ti, dizendo: 6‘Vamos atacar Judá, enchê-lo de medo e conquistá-lo para nós, e nomear novo rei, o filho de Tabeel’. 7Isto diz o Senhor Deus: ‘Este plano fracassará, nada disso se realizará! 8Que seja Damasco a capital da Síria e Rason o chefe de Damasco; dentro de sessenta e cinco anos deixará Efraim de ser povo; 9que seja a Samaria capital de Efraim e o filho de Romelias chefe de Efraim. De resto, se não confiardes, não podereis manter-vos firmes’.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
 

Salmo
(47)

— O Senhor estabelece sua cidade para sempre.
— O Senhor estabelece sua cidade para sempre.
— Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu Monte santo, esta colina encantadora é a alegria do universo.
— Monte Sião, no extremo norte situado, és a mansão do grande Rei! Deus revelou-se em suas fortes cidadelas um refúgio poderoso.
— Pois eis que os reis da terra se aliaram, e todos juntos avançaram; mal a viram, de pavor estremeceram, debandaram perturbados.
— Como as dores da mulher sofrendo parto, uma angústia os invadiu; semelhante ao vento leste impetuoso, que despedaça as naus de Társis.

EVANGELHO
(Mt 11,20-24)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor. 
 
Naquele tempo, 20Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido.
21“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.
22Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. 23E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje! 24Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!”
 
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

NOTA DE PESAR

A equipe do PORTAL SURSUM CORDA se une e presta solidariedade aos familiares, amigos, conhecidos e as Irmãs da vida religiosa consagrada da IRMÃ ALCINDA, missionária de Jesus Crucificado. 

Que retornou a casa paterna nesta segunda feira dia 11 de julho de 2016. 


Agradecemos a Nosso Senhor pela seu testemunho de vida de amor, entrega e serviço à Igreja de Cristo e pela presença cativante que era no meio de nós.  


O velório acontece no Centro Petrônio Portela, localizado na Alameda Domingos Jorge Velho, bairro Poty Velho.

Sepultamento saindo do mesmo às 16:00h, rumo ao cemitério São Judas.



Dai-lhe Senhor o descanso eterno e brilhe para ela a vossa luz. 


Mãe das Dores e Senhora nossa Rogai por nós que recorremos a vós! 


Teresina 11 de julho do Ano Santo da Misericórdia do Senhor de 2016 


Cordialmente. 

Vocacionados: Marcos Victor e Matheus Nunes


Equipe do PORTAL SURSUM CORDA


sábado, 9 de julho de 2016

URGENTE: Profanação e sacrilégio na Igreja Sagrada Família - Arquidiocese de Teresina

Capela Sagrada Família, no bairro Itaperu, foi arrombada na madrugada desta quinta-feira (7). Segundo informações preliminares, o autor quebrou os vitrais das portas laterais e se cortou, seguiu deixando marcas de sangue e destruição. Nada foi levado do local.





FONTE: PASCOM - Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Bem-aventurados os misericordiosos - Hino JMJ - Cracóvia 2016

Levantarei meu olhar aos montes
De onde o auxílio virá
Deus é a força de quem tem fé
Misericórdia ele é

Quando erramos ele é por nós
Mostra-nos o colo do pai
Com seu sangue libertador
Livra do mal e da dor

Bem aventurados os misericordiosos
Porque eles
Alcançarão misericórdia

Sem seu perdão quando eu cair
Quem poderá me levantar?
Se deus perdoa quem somos nós
Para não perdoar?

Bem aventurados os misericordiosos
Porque eles
Alcançarão misericórdia

O sangue de cristo nos resgatou
Ele ressuscitou
Grite pro mundo inteiro ouvir
Jesus cristo é o senhor!

Bem aventurados os misericordiosos
Porque eles
Alcançarão misericórdia

Deixa o teu medo e tem fé
Um novo tempo virá
Cristo está vivo: vivo entre nós!
E um dia ele voltará!

Bem aventurados os misericordiosos
Porque eles
Alcançarão misericórdia

Hino Oficial do XVII Congresso Eucarístico Nacional

PADRE CARLOS AUGUSTO AZEVEDO DA SILVA
AUTOR DA LETRA DO HINO DO XVII CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL, ARQUIDIOCESE DE BELÉM DO PARÁ

REFRÃO: É BELÉM A CASA DO PÃO
É BRASIL TERRA DE SANTA CRUZ
NA AMAZÔNIA O BRASIL SE REÚNE
EUCARISTIA À MISSÃO NOS CONDUZ
A EUCARISTIA NOS REÚNE NESTA MESA
ELEVA A DEUS UM SACRIFÍCIO DE LOUVOR
É MISSÃO DE TODA A IGREJA
VIVER NO MUNDO A PARTILHA DO AMOR
O BRASIL EM BELÉM SE FAZ UM
NO ALTAR DO SENHOR, COMUNHÃO
CRISTO APONTA PARA A AMAZÔNIA
MISSIONÁRIA PARTILHANDO O PÃO
DE TODOS OS POVOS, TODA RAÇA E TODA LÍNGUA
DE TODAS AS TRIBOS E TODA A NAÇÃO
UNIDOS NA SANTA EUCARISTIA
SACRIFÍCIO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
A FAMÍLIA, AS CRIANÇAS E OS JOVENS,
OS ENFERMOS E TUDO O QUE HÁ
ENCONTRAM NA EUCARISTIA
O ALIMENTO SALUTAR
A MISSÃO DA IGREJA TEM A SUA RAIZ
E ALCANÇA O SEU CUME NA CELEBRAÇÃO
A PALAVRA DE DEUS DIZ:
“E O RECONHECERAM AO PARTIR O PÃO”
O MISTÉRIO DA IGREJA REALIZA
TUDO É GRAÇA, RIQUEZA E DOM
E CONOSCO CAMINHA MARIA
A ESTRELA DA EVANGELIZAÇÃO
BENDITA ÉS, MARIA, MULHER DA EUCARISTIA
DA AMAZÔNIA, DE BELÉM, DE NAZARÉ
QUATRO SÉCULOS DE DEVOÇÃO
RIOS DE AMOR, ESPERANÇA E DE FÉ
TU QUE TRAZES CONTIGO TEU FILHO
EM TEUS BRAÇOS, NOSSO SALVADOR
ELE QUE NOS ACOLHE E OFERECE
O SACRIFÍCIO REDENTOR
REFRÃO: É BELÉM A CASA DO PÃO
É BRASIL TERRA DE SANTA CRUZ
NA AMAZÔNIA O BRASIL SE REÚNE
EUCARISTIA À MISSÃO NOS CONDUZ

Breves Considerações sobre a Stª Missa Versus Deum

Primeira questão:
Na Missa em Versus Deum, sacerdote e fiéis ficam a Missa inteira voltados para a mesma direção?
Não.
E esta falta de entendimento a respeito de uma questão bem prática creio que pode gerar resistência para a idéia de celebrar em Versus Deum.
Muitos estranham o Versus Deum porque partem do pressuposto equivocado de que a Santa Missa é para os fiéis. Ora, partindo-se do pressuposto de que a Santa Missa NÃO é para os fiéis e sim pra Deus, nada mais natural do que o sacerdote voltar-se pra Deus nos momentos que se dirige à Deus, e voltar-se para o povo nos momentos que se dirigir ao povo (isso acontece na saudação inicial, ao dizer “Oremos”, na Liturgia da Palavra, nas partes dialogadas como “Dominus Vobiscum” – “O Senhor esteja convosco” -, na apresentação do Corpo de Deus antes da Comunhão, na Benção Final e Despedida.
Ou seja: na Missa em Versus Deum, nos momentos em que o sacerdote se dirige para Deus, ele se volta para Deus; nos momentos em que o sacerdote fala para o povo, ele se volta para o povo.
Nada mais natural, não?
Segunda questão:
A Instrução Geral do Missal Romano orienta que a Missa, na forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo, seja em Versus Populum?
Não.
Segundo a explicação do próprio Papa, o que ela orienta é que, ***se possível***, o altar seja construído afastado da parede, para ***possibilitar*** a celebração em Versus Populum; mas não somente para isso, mas para que o altar possa ser mais facilmente circundado, podendo ser incensado por todos os lados.
A este respeito, citamos a explicação do próprio Papa (Cardeal Joseph Ratzinger, A introdução
do decano do Sacro Colégio ao livro de Uwe Michael Lang, in 30 Dias, disponível
em http://www.30giorni.it/br/articolo.asp?id=3510 ):
“Sobre a orientação do altar para o povo, não há sequer uma palavra no texto conciliar. Ela é mencionada em instruções pós-conciliares. A mais importante delas é a Institutio generalis Missalis Romani, a Introdução Geral ao novo Missal Romano, de 1969, onde, no número 262, se lê: “O altar maior deve ser construído separado da parede, de modo a que se possa facilmente andar ao seu redor e celebrar, nele, olhando na direção do povo [versus populum]”. A introdução à nova edição do Missal Romano, de 2002, retomou esse texto à letra, mas, no final, acrescentou o seguinte: “Isso é desejável sempre que possível”. Esse acréscimo foi lido por muitos como um enrijecimento do texto de 1969, no sentido de que agora haveria uma obrigação geral de construir – “sempre que possível” – os altares voltados para o povo. Essa interpretação, porém, já havia sido repelida pela Congregação para o Culto Divino, que tem competência sobre aquestão, em 25 de setembro de 2000, quando explicou que a palavra “expedit” [é desejável] não exprime uma obrigação.”
Na própria Capela Privada do Papa, o altar é junto a parede, e nela o Papa tem o costuma de celebrar em Versus Deum.Dizem alguns teólogos modernistas que a Liturgia, durante séculos, teve “erroneamente”, como centro, a Presença Eucarística de Nosso Senhor (!). Tais modernistas compreendem bem o valor dos símbolos para o ser humano, e para que suas novas concepções litúrgicas sejam aos poucos assimiladas, fazem questão de desprezar os sinais externos da Liturgia que apontam para sua verdadeira essência e para a adoração de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada:
– o dobrar os joelhos para adorar
– as paramentações completas do sacerdote que celebra
– o altar esplendoroso, ornamentado com castiçais e arranjos de flores
– o uso frequente do incenso
– o valor do latim como língua sagrada
– a Santa Missa celebrada em Versus Deum (“Voltado para Deus”, com sacerdote e povo voltados para a mesma direção, como o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, recomenda que se faça no seu livro “Introdução ao Espírito da Liturgia”)
…e assim por diante.
É preciso perceber esta movimentação modernista e revolucionária que existe hoje, para nos posicionarmos.
Uma última questão: O que fazer quando, por razões diversas (sejam físicas, pastorais…) é impossível celebrar em Versus Deum?
Na celebração em Versus Deum, que é a forma tradicional de celebrar e a forma como o Papa recomendou no seu livro “Introdução ao Espírito da Liturgia”, o costume é colocar ocrucifixo no centro, acima do altar, em cima do Sacrário ou na parede, fazendo com que seja ponto de referência. Se a celebração for “Versus Populum” (com o sacerdote voltado para o povo), o Papa, no mesmo livro “Introdução ao Espírito da Liturgia”, dá a seguinte orientação a respeito da cruz:
“Ela deveria se encontrar-se no meio do altar, sendo o ponto de vista comum para o sacerdote e para a comunidade orante.”
E completa, expondo o problema de se colocar a cruz na parte lateral do altar ou ao lado dele, ao invés de colocar no centro, nas Missas em Versus Populum:
“Considero as inovações mais absurdas das últimas décadas aquelas que põe de lado a cruz, a fim de libertar a vista dos fiéis para o sacerdote. Será que a cruz incomoda a Eucaristia? Será que o sacerdote é mais importante que o Senhor? Este erro deveria ser corrigido o mais depressa possível , não sendo precisoas para isso nenhumas reconstruções. O Senhor é o ponto de referência.”
Este modelo de ornamentação de altar para as Missas celebradas em Versus Populum, com a cruz no centro e os castiçais dos lados dela, quem é a forma como o Papa normalmente celebra em Roma, se convencionou chamar de “arranjo beneditino”. A cruz, evidentemente, é voltada para o sacerdote, que é quem celebra o Santo Sacrifício da Missa.
Também Dom Guido Marini, Cerimoniário do Papa, na mesma conferência que citamos acim,a concorda, dizendo:
“Que não se diga, portanto, que a imagem de nosso Senhor crucificado obstrui a visão que os fiéis têm do sacerdote, porque eles não estão ali para olhar para o celebrante naquele ponto da liturgia! Eles estão ali para voltar seus olhares para o Senhor! Da mesma maneira, o presidente da celebração também deve ser capaz de se voltar na direção do Senhor. O crucifixo não obstrui nossa visão; em vez disso ele expande nosso horizonte para ver o mundo de Deus; o crucifixo nos leva a meditar no mistério; nos introduz no céu de onde vem a única luz capaz de dar sentido à vida nesta terra. Nossa visão, na verdade, estaria cega e obstruída se nossos olhos permanecessem fixos naquelas coisas que mostram apenas o homem e suas obras.”
Um problema pastoral que ainda se cria é: nesse caso, com a cruz voltada para o sacerdote, o povo não terá a sua disposição um crucifixo para voltar o seu olhar durante a Missa?
Penso que a solução para Missas em Versus Populum seja haver dois crucifixos: um no altar ou junto dele, voltado para o sacerdote, e outro voltado para os fiéis (seja ou lado do altar ou na abside, neste caso, na parede do fundo ou mesmo em cima do Sacrário, se este estiver no centro).
A desvantagem é que neste caso haverá dois Crucifixos, o que é desnecessário perante as normas litúrgicas, e penso que enfraquece o simbolismo de Nosso Senhor ser um só. Mas são os prejuízos do Versus Populum.
A Instrução Geral do Missal Romano (n. 122) afirma:
“A cruz adornada com a imagem de Cristo crucificado e levada na procissão pode colocar-se junto do altar, para se tornar a cruz do altar, que deve ser apenas uma, ou então seja guardada”.
Penso, porém, que NÃO se trata de desobediência litúrgica se um dos crucifixos (o do sacerdote) estiver sobre o altar ou bem próximo a ele, e o outro crucifixo (o dos fiéis) estiver mais afastado do altar (na parede do fundo, por exemplo). Neste caso, consideramos “cruz do altar” apenas a do sacerdote.
Como testemunho pessoal, posso dizer que tenho a graça de participar, muitas vezes, da Missa em Versus Deum.
E já participei da Missa em Versus Deum tanto em latim como em vernáculo (português) – pois o Versus Deum independe da língua utiliza na celebração; tanto na forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI, como também na forma tradicional (Tridentina).
As primeiras que participei dessas celebrações foram muito emocionantes para mim, e participar delas me faz compreender MUITO melhor: o valor do Santo Sacrifício da Missa; PARA
QUEM é celebrada a Santa Missa (para Deus, embora nós nos beneficiemos de seus frutos, como já comentamos); em última instância, me fizeram compreender melhor o infinito amor de Nosso
Senhor Jesus Cristo e o amor da Santíssima Trindade, que atinge o seu ápice na Santa Missa.

Papa Bento XVI celebrando em “Versus Deum”, no dia 15 de Abril de 2010

Papa Bento XVI celebrando em “Versus Populum”, com o “Arranjo Beneditino”,
sem se importar em a cruz atrapalhar a visão dos fiéis.
“Será que a cruz incomoda a Eucaristia?”, pergunta o Papa…

FONTE: Salvem a Liturgia

Prefeito de liturgia do Vaticano exorta sacerdotes a celebrar a Missa ad Orientem

“Desejo recordar que a celebração versus orientem está autorizada pelas rubricas, que especificam os tempos em que o celebrante deve voltar-se para o povo. Portanto, não é necessário ter uma autorização especial para celebrar voltado para o Senhor”

Cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, rejeitou o argumento de que os sacerdotes que celebram a Missa voltados para o Oriente estão de costas para os fiéis “ou contra eles.” Em vez disso, disse, todos estão “voltados na mesma direção: para o Senhor que vem”. (CNS)
Sensus fidei: Em uma entrevista exclusiva para a revista católica francesa Famille Chrétienne, o chefe da liturgia do Vaticano convidou os sacerdotes a celebrar a Missa voltados para o Oriente, ou versus Deum.
O Cardeal Robert Sarah disse que o Vaticano II não exige que os sacerdotes celebrem a Missa voltados para o povo. Esta forma de celebrar a missa, disse, era “uma possibilidade, mas não uma obrigação.” Os leitores e os ouvintes devem olhar um para o outro durante a Liturgia da Palavra, disse ele.
“Mas assim que chegamos ao momento em que se volta para Deus — a partir do ofertório em diante — é essencial que o sacerdote e os fiéis olhem juntos para o Oriente. Isso corresponde exatamente ao que queriam os padres do conciliares.”
O Cardeal Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, rejeitou o argumento de que os sacerdotes que celebram a Missa voltados para o Oriente estão de costas para os fiéis “ou contra eles.” Em vez disso, disse, todos estão “voltados na mesma direção: para o Senhor que vem”.
“É legítimo e a letra e o espírito do Concílio são respeitados”, disse ele. “Como prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, desejo recordar que a celebração versus orientem está autorizada pelas rubricas, que especificam os tempos em que o celebrante deve voltar-se para o povo. Portanto, não é necessário ter uma autorização especial para celebrar voltado para o Senhor”.
As declarações do Cardeal Sarah ecoaram de um artigo que escreveu há um ano paraL’Osservatore Romano, em que disse que era “inteiramente apropriado, durante o rito penitencial, o canto do Gloria, as orações e a oração eucarística, que todos, sacerdote e fiéis, voltem-se juntos para o Oriente, com o fim de expressar a sua intenção de participar nos trabalhos de culto e da redenção realizada por Cristo “.
O cardeal acrescentou no artigo que a Missa voltada para o Oriente poderia ser “implementada nas catedrais, onde a vida litúrgica deve ser exemplar”.
Nota
No dia 12 de junho de 2015, em L’Osservatore Romano, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino publicou um documento poderoso sobre o tema em questão. A leitura em português [não oficial] desse documento pode ser lida em Fratres in Unum — A ação silenciosa do coração.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Felicitações da Equipe do Portal Sursum Corda à Dom Miguel pela passagemdo seu 91º natalício

Ecce sacerdos magnus, qui in diébus suis plácuit Deo: Ideo jure jurando fecit illum Dóminus crescere in plebem suam!

O Portal Sursum Corda, parabeniza o Arcebispo Emérito de Teresina Dom Miguel Fenelon Câmara Filho pelos seus 91 anos realizado neste dia 04 de Abril.
A Arquidiocese de Teresina os fiéis leigos, religiosos, e o clero louvam e agradecem a Deus por tamanha dádiva de Deus em nossas vidas! 
E nós do Portal Sursum Corda nos unimos e louvamos
as grandes maravilhas que Deus já tem feito na vida de
Dom Miguel.

Parabéns Dom Miguel!
O povo de Teresina te AMA!


Equipe do Portal Sursum Corda

sexta-feira, 18 de março de 2016

Sermão das 7 palavras de Jesus Cristo na Cruz

Afirma São Tomás que "o último na ação é o primeiro na intenção". Pelos derradeiros atos e disposições de alma de quem transpõe os umbrais da eternidade, chegamos a compreender bem qual foi o rumo que norteou sua existência. No caso de Jesus, não só na morte de cruz, mas também, de forma especial, em suas última palavras, vemos os sentido mais profundoJesus Crucificado..jpg de sua Encarnação. Nelas encontramos uma rutilante síntese de sua vida: constante e elevada oração ao Pai, apostolado através da pregação, conduta exemplar, milagres e perdão.
A cruz foi o divino pedestal eleito por Jesus para proclamar suas últimas súplicas e decretos. No alto do Calvário se esclareceram todos os seus gestos, atitudes e pregações. Maria também compreendeu ali, com profundidade, sua missão de mãe.
Jesus é a Caridade. A perfeição dessa virtude, nós a encontramos nas "Sete Palavras". As três primeiras tem em vista os outros (inimigos, amigos e familiares); as demais, a Si próprio.
Primeira Palavra: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34)
Pai - É o mais suave título de Deus. Nessa hora extrema, Jesus bem poderia invocá-Lo chamando-O Deus. Percebe-se, entretanto, claramente a intenção do Redentor: quis afastar, dos fautores daquele crime, a divina severidade do Juiz Supremo, interpondo a misericórdia de sua paternalidade. Chega-se a entrever a força de seu argumento: se o Filho, vítima do crime, perdoa por que não o fazeis também a Vós?
É a primeira "palavra" que os divinos lábios d'Ele pronunciam na cruz, e nela já encontramos o perdão. Perdão pelos que Lhe infligiram diretamente seu martírio. Perdão que abarca também todos os outros culpados: os pecadores. Nesse momento, portanto, Jesus pediu ao Pai também por mim.
Embora não houvesse fundamento para escusar o desvario e ingratidão do povo, a sanha dos algozes, a inveja e ódio dos príncipes e dos sacerdotes, etc., tão infinita foi a Caridade de Jesus que Ele argumenta com o Pai: "porque não sabem o que fazem."
A ausência absoluta de ressentimento faz descer do alto da cruz a luminosidade harmoniosa e até afetuosa do amor ao próximo como a si mesmo. Ouvindo essa súplica, chegamos a entender quanta insenção de ânimo havia em Jesus na ocasião em que expulsou os vendilhões do Templo: era, de fato, o puro zelo pela casa de seu Pai.
Segunda Palavra: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23, 43)
A cena não podia ser mais pungente. Jesus se encontra entre dois ladrões. Um deles faz jus à afirmação da Escritura: "Um abismo atrai outro abismo (SL 41,8). Blasfema contra Jesus, dizendo: "Se és Cristo, salva-te a ti mesmo, e salva-nos a nós" (Lc 23, 39).
Enquanto esse ladrão ofende, o outro louva Jesus e admoesta seu companheiro, dizendo: "Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum" (Lc 23, 40-41).
São palavras inspiradas, nas quais transparecem a santa correção fraterna, o reconhecimento da inocência de Cristo, a confissão arrependida dos crimes cometidos. São virtudes que lhe preparam a alma para uma ousada súplica: "Senhor, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!" (Lc. 23, 42).
Ao referir-se a Jesus enquanto "Senhor", o bom ladrão professa sua condição de escravo e reconhece-O como Redentor. O Virgem Dolorosa.jpg"lembra-te de mim" é afirmativo, não tem nenhum sentido condicional, pois sua confiança é plena e inabalável. Compreende a superioridade da vida eterna sobre a terrena, para o mau ladrão, constitui um delírio: o afastamento da morte, a recuperação da saúde e da integridade.
O bom ladrão confessa publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, ao contrário até mesmo de São Pedro, que havia três vezes negado o Senhor. Tal gesto lhe fez merecer de Jesus este prêmio: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23, 43).
Jesus torna solene a primeira canonização da história: "Em verdade..."
A promessa é categórica até quanto à data:hoje. São Cipriano e Santo Agostinho chegam a afirmar ter recebido o bom ladrão a palma do martírio, pelo fato de, por livre e espontânea vontade, haver confessado publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Terceira Palavra: "Junto à Cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis aí teu filho". Depois disse ao discípulo: "Eis aí tua Mãe". E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 25-27)
Com essas palavras, Jesus finaliza sua comunicação oficial com os homens antes da morte (as quatro outras serão de sua intimidade com Deus). Quem as ouve são Maria Madalena, representando a via da penitência; Maria, mulher de Cleófas, a dos que vão progredindo na vida espiritual; Maria Santíssima e São João, a da perfeição.
Consideremos um breve comentário de Santo Ambrósio sobre este trecho: "São João escreveu o que os outros calaram: (pouco depois de) conceder o reino dos céus ao bom ladrão, Jesus, cravado na Cruz, considerado vencedor da morte, chamou sua Mãe e tributou a Ela a reverência de seu amor filial. E, se perdoar o ladrão é um ato de piedade, muito mais é homenagear a Mãe com tanto carinho ... Cristo, do alto da cruz, fazia seu testamento, distribuindo entre sua Mãe e seu discípulo os deveres de seu carinho" (in S. Tomás de Aquino, Catena Aurea).
É arrebatador constatar como Jesus numa atitude de grandioso afeto e nobreza, encerrou oficialmente seu relacionamento com a humanidadem na qual se encarnara para redimí-la. Do auge da dor, expressou o carinho de um Deus por sua Mãe Santíssima, e concedeu o prêmio para o discípulo que abandonara seus próprios pais para segui-Lo: o cêntuplo nesta terra (Mt 19, 29).
É perfeita e exemplar a presteza com que São João assume a herança deixada pelo Divino Mestre: "E dessa hora em diante, o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 27). São João desce do Calvário protegendo, mas sobretudo protegido pela Rainha do céu e da terra. É o prêmio de quem procura adorar Jesus no extremo de seu martírio.
Quarta Palavra: "Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste? (Mt 27, 45)
Jesus clama em alta voz. Seu brado fende não somente os ares daquele instante, mas os céus da história. Nossos ouvidos são duros, era indispensável falar com força. Jesus não profere uma queixa, nem faz uma acusação. Deseja, por amor a nós, fazer-nos entender a terrível atrocidade de seus tormentos. Assim mais facilmente adquiriremos clara noção de quanto pesa nossos pecados e de quanto devemos ser agradecidos pela Redenção.
Como entender esse abandono? Não rompeu-se - e é impossível - a união natural e eterna entre as pessoas do Pai e do Filho. Nem sequer separaram-se as naturezas humana e divina. Jamais se interrompeu a união entre a graça e a vontade de Jesus. Tampouco perdeu sua alma a visão beatífica.
Perdeu Jesus, sito sim, e temporariamente, a união de proteção à qual Ele faz menção no Evangelho: "Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho" (Jo, 8, 29). O Pai bem poderia protegê-Lo nessa hora (cfr. Mc 14, 36; Mt 26, 53; Lc 22, 43). O próprio Filho poderia proteger seu Corpo (Jo 10, 18; 18, 6), ou conferir-lhe o dom de incorruptibilidade e de impassibilidade, uma vez que sua alma estava na visão beatífica.
Mas assim determinou a Santíssima Trindade: a debilidade da natureza humana em Jesus deveria prevalecer por um certo período, a fim de que se cumprisse o que estava escrito. Por isso Jesus não se dirige ao Pai como em geral procedia, mas usa da invocação "meu Deus".
A ordem do universo criado é coesa com aordem moral. Ambas procedem de uma mesma e única causa. Se a primeira não se levanta para se vingar daqueles que dilaceram os princípios morais por meio de seus pecados, é porque deus lhe retém o ímpeto natural, Se assim não fosse, os céus, os mares e os ventos se ergueriam contra toda e qualquer ofensa feita a Deus. Mas como frear a natureza diante do deicídio? Por isso, na hora daquele crime supremo, "cobriu-se toda a terra de trevas" ... (Mt 27, 45).
Quinta Palavra: "Tenho SEDE." (Jo 19, 28)
Assinala o evangelista que Jesus dissera tais palavras por saber "que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente aEscritura". Vendo um vaso cheio de vinagre que havia por ali, os soldados embeberam uma esponja, "e fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca" (Jo 19, 28-29).
Cumpria-se assim o versículo 22 do salmo 68: "Puseram fel no meu alimento; na minha sede deram-me vinagre para beber."
Qual a razão mais profunda desse episódio? É um verdadeiro mistério.
Jesus derramara boa quantidade de seu preciosíssimo Sangue durante a flagelação. As chagas em via de cicatrização, foram reabertas ao longo do caminho e ainda mais quando Lhe arrancaram as roupas para crucificá-Lo. O pouco sangue que Lhe Nosso Senhor Crucificado..jpgrestava escorria pelo sagrado lenho. Por isso, a sede tornou-se ardentíssima. Além desse sentido físico, a sede de Jesus significava algo mais: o Divino Redentor tinha sede da glória de Deus e da salvação das almas.
E o que lhe oferecem? Um soldado lhe apresenta, na ponta de uma vara, uma esponja empapada de vinagre. Era a bebida dos condenados.
Podemos de alguma maneira aliviar pelo menos esse tormento de Jesus? Sim! Antes de tudo, compadecendo-nos d'Ele com amor e verdadeira piedade, e apresentando-Lhe um coração arrependido e humilhado.
Devemos querer ter parte nessa sede de Cristo, almejando acima de tudo à nossa própria santificação, com redobrado esforço, de modo a não pensar, desejar ou praticar algo que a Ele nos conduza. Para Ele será água fresca e cristalina nossa fuga vigilante das ocasiões próximas de pecado. Compadeçamo-nos também dos que vivem no pecado ou nele caem, e trabalhemos por sua salvação. Em suma, apliquemo-nos com ânimo na tarefa de apressar o triunfo do Imaculado Coração de Maria.
O Salvador clama a nós do alto da cruz que defendamos, mais ainda que o bom ladrão, a honra de deus, procurando conduzir a opinião pública para a verdadeira Igreja. É nosso dever buscar entusiasmadamente a glória de Cristo, "que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5, 2).
Sexta Palavra: "Tudo está consumado" (Jo 19, 30)
A Sagrada Paixão terminara e, com ela, a pregação. Todas as profecias haviam se cumprido, conforme interpreta Santo Agostinho: a concepção virginal (Is 7, 14); o nascimento em Belém (Mq 5, 1); a adoração dos Reis (Sl 71, 10); a pregação e os milagres (Is 61, 1; 35, 5-6); a gloriosa entrada em Jerusalém no dia de Ramos (Zc 9, 9) e toda a Paixão (Isaías e Jeremias).
Na Cruz foi vencida a guerra contra o demônio: "Agora é o juízo deste mundo; agora será lançado fora o príncipe deste mundo" (Jo 12, 31). No paraíso terrestre, o demônio adquirira de modo fraudulento a posse deste mundo, com o pecado denossos primeiros pais. Jesus a recuperou como legítimo herdeiro.
Consumado também estava o edifício da Igreja. Este iniciou-se com o batismo no Jordão, onde foi ouvida a voz do Pai indicando seu Filho muito amado, e se concluiu na cruz, na qual Jesus comprou todas as graças que serão distribuídas até o fim do mundo através dos sacramentos.
Para que o preciosíssimo Sangue Dio Salvador ponha fim ao império do demônio em nossas almas é preciso que crucifiquemos nossa carne com seus caprichos e delírios, combatendo também o respeito humano e a soberba. Jesus nos abriu um caminho que, aliás, todos os santos trilharam.
Sétima Palavra: "Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito" (Lc 23, 46)
Estabeleceu-se na Igreja, desde os primórdios, o costume de encomendar as almas dos fiéis defuntos, a fim de que a luz perpétua os ilumine.
Jesus, porém, não tinha necessidade de encomendar sua alma ao Pai, pois ela havia sido criada no pleno gozo da visão beatífica. Desde o primeiro instante de sua existência, encontrava-se unida à natureza divina na pessoa do Verbo. Portanto, ao abandonar o corpo sagrado, sairia vitoriosa e triunfante. "Meu espírito", e não alma, provavelmente aqui significaria a vida corporal de Jesus.
Mas, Jesus aguardava sua ressurreição para logo. Ao entregar ao Pai a vida que d'Ele recebera, sabia que ela Lhe seria restituída no tempo devido.
Com reverência tomou o Pai Eterno em suas mãos a vida de seu Filho unigênito, e com infinito comprazimento a devolveu, no ato da ressurreição, a um corpo imortal, impassível e glorioso. Abriu-se, assim, o caminho para a nossa ressurreição, ficando-nos a lição de que ela não pode ser atingida senão pelo calvário e pela cruz. (Revista Arautos do Evangelho, Março/2002, n. 3, p. 13 à 17)